Ontem a tarde, tinha um compromisso na Sala SP para assistir uma palestra do professor Miguel Nicolelis, estava com tempo e aproveitei para visitar o Memorial da Resistência, antigo prédio do Dops onde eram levados os presos políticos durante o período da ditadura militar. Imagino o que deve ter sofrido os militantes e ouvi um depoimento gravado de um ex-prisioneiro que somente no sábado e domingo não eram torturados, pois os executores eram funcionário públicos e estavam de folga.
O ambiente do Memorial da Resistênica nos remete um passado obscuro da nossa história recente.
Terminada a visita me dirijo a Sala SP,para o evento do Nicolelis, um local que a burguesia gosta de frenquentar, um luxo, que pertence ao governo de SP, pago com o nosso dinheiro, mas de pouco acesso a população, pertence a elite, explícito na sua programação. Por volta das 22h29 termina a palestra, eu e minha amiga vamos pegar o taxí para irmos para casa, para a nossa surpresa, uma fila, isto mesmo uma fila de 40 pessoas, pensamos o que fazer,decidimos esperar, depois de 20 minutos chega o taxi e o motorista faz um trajeto que passa pelo quarteirão do Crack, a minha amiga Mari, de Natal, ficou impressionada nunca tinha visto cena tão chocante, jovens, adultos numa loucura só. silêncio, ficamos deprimidos.
Viver em São Paulo nos reserva estes momentos, realmente uma cidade de #Gentediferenciada.
Estamos resistindo
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